O SANGUE DA ROSA
Rio, 01/03/2001.
Sinto o doce perfume da Rosa,
Daquela Flor que foi espremida
E Seu rubro sumo derramou
E que no madeiro foi exibida.
Sinto o cheiro do Sangue da Rosa
Quando a cravaram naquele lenho,
A terra, angustiada, sentindo chorou...
E minh’alma, agraciada, ardendo tenho.
As nuvens choraram pela Flor
Quando a viram ensanguentada
E ribombaram de tanta dor.
Os Céus reclamaram num trom
Ao verem a Flor vituperada
A doce e sublime Rosa de Sarom.
SEDNAN MOURA