O TETRAGRAMA
Rio, 30/11/2007.
Não cessa, é uma dor grande e cruel.
Algo bateu na alma, foi de repente...
Pasmei, senti na boca gosto de mel.
Parei, pois me prendia grossa corrente.
Foi no instante de um simples olhar,
Entrou no coração, nem pediu licença;
E me deu uma mistura de rir e chorar.
Ele é tão forte, não há quem o vença.
Ele surge sem qualquer explicação
E te contamina do seu doce veneno,
Ele pode ser muito grande ou pequeno.
É um abstrato que rasga o coração
E faz que o teu ser entre em estupor,
É o tetragrama que chamam de amor.
SEDNAN MOURA