OBSERVANDO
Rio, 14/08/1999.
O vento soprava frio,
Curvavam-se ao seu senhorio
Todas as árvores junto a clareira,
As folhas secas seguiam em carreira.
O vento cantava silvando,
O rio ia, ao longo, acompanhando,
Em silêncio, como um espectador,
E o bambuzal parecia gemer de dor.
No jardim havia solitária flor,
A relva dormia embalada ao vento,
Andorinhas chilravam em contentamento.
As ondas empoladas expressavam amor
Confessando abriam seus corações,
Extasiada ficava a areia nas emoções.
SEDNAN MOURA