OLHOS NUS
Rio, 17/05/2003.
Dos olhos que olham
E deliram levemente
E lágrimas que molham
A boca que suave mente.
A língua pequeno fogo
E faz um grande incêndio
E o ouvido não ouve o rogo
Está carregado de vilipêndio.
As testemunhas duas ou três
Para mostrar toda sandice,
Por uma só não há vez.
E a ouvir atentamente me pus
E a boca só falava tolice,
Só porque tinha os olhos nus.
SEDNAN MOURA