PALAVRAS QUE MATAM
Rio, 22/02/2010.
Deram-me palavras em favos de mel,
Eram tão doces que pareciam carícias,
Bocas se derramavam cheias de blandícias
E eu que as ouvia não sabia terem fel...
Davam-me abraços cheios de amor,
Falavam palavras como doce canção,
Eram tão suaves que faziam emoção
E eu não sabia que era tudo incolor.
Abraçavam com tanto amor de irmão,
Julgavam sem qualquer investigação:
São razões que como capim eles atam!
Condenavam aquele que fizeram réu,
Postavam-se como cidadãos do Céu
E cravavam setas de palavras que matam...
SEDNAN MOURA