PEDRA DURA
Rio, 25/08/2007.
No monte parece firme e segura,
Divide com o abismo a vertigem,
Aos ombros, a água da cachoeira, tomou;
O poeta, no meio do caminho, a encontrou.
É gerada de pederneira a mais pura,
Às vezes, baixa ou elevada de origem,
Ou se põe estática no canto de uma eira,
Ou se faz ao poeta por companheira.
Podemos a encontrar salpicada no chão
Escondida dos olhos e não da mão
E posta, aos simples, por tropeço.
Mas duas respostas bem que careço:
Não é o perdão coisa sublime e pura?
Não é o coração como de pedra dura?
SEDNAN MOURA