QUASE MORRI
Rio, 10/05/2008.
Deixei-me levar pelos sentimentos,
A razão que me falava não ouvi,
Como cego o desamor não percebi
E caí em um abismo de tormentos.
Cheguei ao fundo úmido e lodoso
De risos, soluços e tristeza sem fim,
Mas ergui-me por ter caráter brioso,
Tomei as asas da razão e voei assim...
E voando vi teu amor trapos de imundícia,
Teu proceder tinha cheiro de impudicícia,
Teu olhar luzia impudência como nunca vi.
De tanto amar julgava teres muito amor,
Por tanto amar, te via como perfeita flor,
Por te amar como criança quase morri!...
SEDNAN MOURA