DE MALA E CUIA PELEANDO COM A MORTE
Vou de mala e cuia para o hospital
De frente enfrentar a morte
E com muita sorte
Num pialo de laço
A morte eu vou espantar
A doença eu irei superar
Vou sorrir cantar e dançar
Embora saiba que a peleia
Há! A peleia vai ser feia!
Mas sou uma gaúcha destemida
Embora cansada de sofrer
De pelear por minha vida
A doença chega sem pedir licença
Derruba-me, leva-me ao chão
A dor física enfraqueçe
A dor da alma machuca o coração
Mesmo fragilizada
Não me entrego
Passos lentos quase parando
Eu continuo lutando!
A morte é traiçoeira
Sou rápida, não levo de bobeira
O hoje? Amanhã será passado
Para relembrar ou ser comemorado.
De mala e cuia vou seguir meu caminho
A rosa tem a beleza e o espinho
Nem tudo pode ser perfeito
No céu tem estrelas a brilhar
Mas nem sempre podemos admirar
Pois elas conseguem se esconder
A lua também é matreira
Assim com a vida é caborteira
Lutar é uma honra um dever
Lutar para bem viver!
Publicado em 03/10/2011