SOLUÇANTE
Rio, 07/04/2008.
Lágrimas rolavam em rosto descorado,
A tristeza cavava no peito e como doía;
Garras que deixavam o coração furado
E toda minha alma parecia que moía.
De mim se esconderam as alegrias,
O amor se desfez em espuma de sabão
E as bolhas, que fez, eram fantasias
Pensei fosse verdadeiro, mas era ilusão.
Amei com pureza de uma criança,
Reconstruí as paredes destruídas,
Liguei as chagas e untei as feridas.
E tu mataste, sem pena, a esperança!
Deixaste-me com uma chaga marcante
E agora voltas, arrependida e soluçante?
SEDNAN MOURA