Efuturo: SUFFICIT!

SUFFICIT!

Rio, 28/05/2003.

Os dedos que apontam
Aos quatro cantos e erram.
Sem coração, bocas cantam,
E há outras tantas que berram.

Com dedos fazem-se contas
Dos bancos que mandam pra fora,
Nas praças os bancos contas
São só bancos que contas agora.

E há gente que bolsa carrega
No vai e vem da praça de bancos
E bolsa que cai quando se escorrega.

E há bancos com bolsa cheia
Do lar com barrigas em branco,
Fome das crianças, na casa pobre e feia.

SEDNAN MOURA