Efuturo: SURREAL

SURREAL

Rio, 07/02/2016.

Numa quimera surreal
Havia um palácio em ruínas
E ao fundo a luz iluminava
Era um sonho e parecia real!
Cachoeiras desciam do telhado,
As águas corriam pelas escadas,
Galhos secos adentravam o teto,
As paredes negras e descoradas,
Chão limoso e todo molhado.
Havia um muro desmoronado
Com parte de rosto e um olhar,
Eram olhos castanhos a chorar,
Como se tivesse o local a observar
Que em decadência havia se tornado.
Dentro do palácio as águas cantavam
Uma canção triste de lamento
E aqueles olhos que choravam
Não tinham qualquer alento!


SEDNAN MOURA