Efuturo: TRA... AMANDO

TRA... AMANDO

Rio, 30/11/2012.

O arado passou na minha alma,
Como doía revolvendo a terra!
Agora vivo em suave calma,
Semeando flores no campo de guerra.

Quem saberia da dor tão doída assim?
O espírito chorava mudo – calado,
A alma sangrava das palavras em mim
E os olhos deixavam o chão molhado.

Os ouvidos ouviam suaves blandícias,
O corpo era ninado com carícias.
A cantiga cantada era em puro amor!

As bocas falavam vertendo mel,
Nas mentes ferviam vocábulos de fel.
Veneno mortal havia no seu interior!

SEDNAN MOURA