Rio, 18/07/2007.

Eu grito: façam justiça, por favor!
Quem ouve acha que é uma sandice
Mas quem pode julgar a minha dor?
Vê as asas do pássaro que voa e... voa.

Tolice! Tolice! Diz um expectador.
Mas quem sofreu a dor que é tamanha?
E ouço a música que não é boa e soa
Porque na nossa alma muito arranha.

E o pássaro que voava não voa mais
E vi uma chuva chorada de muitos ais
De almas angustiadas e feridas de pais.

E nos ais busca-se consolo desmesurado,
Alívio da dor de um coração despedaçado
E a chuva dos olhos, triste choro chorado.

SEDNAN MOURA