Dor minha, amor meu
Escrever para mim é uma forma de aliviar a ansiedade
Essa natureza humana que inquieta e me deixa tenso
Escrevendo alivio a dor, que surge quando penso
Que as pessoas que amo não entendem a realidade
Que sou um homem das letras, um romântico
Ser que ama ardorosamente estranhos corações
Personalidades que não entendem as minhas razões
Para amá-los com ardor e atenção num doce cântico
Parecem alheias ao meu amor, não o entender
Como imensos blocos de gelo, frias e indiferentes
Acreditando que minhas palavras no papel são indecentes
Valores que prezo e faço por altruísmo, nada a ofender
Sofro, minh’alma dói, derramo lágrimas pelos cantos
Quando ignoram minha presença causando-me asfixia
Não percebem o meu sofrimento? Não veem a minha agonia?
Oh, que sofrimento no coração, pedaço de mim em prantos
Mas não lhes desejo mal ou quero vingança
Afinal são meu sangue e minha carne em viço
Seres que amo profundamente, um amor maciço
Sentimento presente desde que as vi nascer em pujança
Por aqui vou deixando e enterrando minha dor
Por que ela me fez amadurecer no passar do vento
Elas amam de forma diferente que me causa desapontamento
Uma maneira indiferente, de amar, para mim um estranho amor
ROBERT THOMAZ