R O S I M E R I
Rio, 11/06/1999.
Rios adentram as belas matas,
Os pássaros lançam gorjeios,
Sons melódicos deitam as cascatas,
Improvisando o vento, a voz solta
Mostra, cantando, seus anseios.
E uma árvore se inclina extasiada,
Recordando, no tempo volta,
Insensível a rocha fica calada.
Despede-se o céu num azul,
As gaivotas vão para o sul
Sussurrando longos gemidos.
Inconstantes as ondas vêm e vão,
Lançam-se sobre a branca areia
Vertendo poemas como canção,
A meia voz, fala-lhe ao coração.
Mas quero te falar da pura Flor,
O seu sofrer foi do pensar além,
Rendeu-se no madeiro em favor
E te ama com entranhável amor,
Inda as marcas como prova tem.
Reserva tempo no tempo teu
Agora vê, se há amor maior que o meu!?
SEDNAN MOURA