Cartas ao Leitor VIII (T286)
É caro leitor, resolvi retomar estas linhas depois de muito tempo, dar continuidade a meus pensamentos, mesmo que para seja um tanto pesado me ler, mas como sempre disse se um dia quiseres parar de me ler pode fazê-lo sem cerimônias, mas é que sempre alguém que queira me escutar, ou melhor, ler-me.
Uma das coisas que me intrigam é este mundo das poesias e dos textos que encontramos neste mundo afora, e que agradam tipos diferentes de leitores, por isso não desanimo em minhas cartas, pois sempre haverá leitores para elas. Mas o que me chama mais atenção são os textos que contém poesia, aquelas que nos arrepiam quando lemos, que nos emocionam e nos levam a certas reflexões, para estas pessoas e se o leitor se coloca na posição de escritor também pode tê-las como conselho, ou apenas como um fato a ser testado.
Só deixo claro aqui que isto não são idéias minhas, que foi algo que li e não saíram de minha mente e agora acho interessante compartilhar com quem me lê, como um apreço por aturarem as minhas divagações.
Então vamos ao ponto para não me estender e cansá-lo nesta empreitada, mas você leitor ou meu amigo poeta nunca se perguntou como sabemos se um texto terá esta reação do belo naquele que lê?
Pois bem, uma vez li que ao escrever algo pegue-o e guarde-o em uma gaveta por um tempo, não precisa ser muito longo, após este tempo pegue-o e faça uma nova leitura, se o texto te surpreender e você próprio duvidar que tenha escrito aquilo pode ter certeza, está diante de uma obra prima, algo que realmente foi escrito com alma de um poeta.
Mas não coloco aqui como regra, pois muitas vezes não a sigo, mas já testei e em muitos casos funcionou.
Sei que o leitor vai me perguntar porque perdi tempo com este colóquio, talvez não saberei responder, mas foi a vontade de escrever algo, se foi com alma ou não só as mentes leitoras poderão avaliar.
Alexandre Brussolo (31/05/2009)