Por tantas noites cavalguei a tua procura... uma aflição
Em tantas apenas o brilho das estrelas foi minha pertença
Confesso que meu coração precisava de ti, de teu amor e atenção
Mas o cansaço vinha e eu adormecia ao calor de minha sentença

Pela manhã os raios fúlgidos do astro rei sacudiam meu torso
Mas era meu coração que despertava aos sussurros e gemidos
Não, eu não me resignava a viver pelo tempo como um corso
A vivenciar momentos na solidão tão dolorosos e sofridos

Eu ainda haverei de encontrar uma mulher especial... uma pepita
De olhos que encantarão meu coração e alma, e eu serei seu escravo
A fazer-lhe massagens para cessar as dores do corpo, parte bela que grita
Por meus carinhos e afagos, em meus pensamentos... e sinto a dor do cravo

Sim, o cravo de ferro da solidão que me fere todos os dias e noites
Quando meu olhar taciturno vê no vazio seu rosto doce e encantador
E lágrimas correm por meu semblante marcado pelo tempo, por seus açoites
Dores que não me fazem desistir, de um dia encontrá-la e ser seu grande amor

Robert Thomaz