CÍNTIA RAMON
Rio, 22/12/98.
Correm as gaivotas indo e vindo
Imensas vagas do mar vão subindo
Nas pedras batem e murmuram
Todas, palavras do coração, dizer procuram
Inclina teus olhos e vê toda a beleza
Ao acordares contempla o azul do céu
Recorda as palavras mais doces que o mel
A tua alma deixa comer até se saciar
Mata tua sede na Fonte da Vida
O teu ser no Espírito deita a navegar
Neste mar que faz sarar toda a ferida
Deixa o perfume da Flor de ti exalar
A Rosa, única, que a Roseira quis dar
Sabe, foi por ti que a moeu
Intensa e agonizante dor sofreu
Livre te pôs ao derramar Seu Sumo
Vê e percebe o tanto que te tem amado
Amiga, a vida eterna te tenho dado.
SEDNAN MOURA