Efuturo: ANA CARVALHO

ANA CARVALHO

Rio, 16/02/98.

A Minha Mão tenho estendida
Não está encolhida para abençoar
A razão é que dei a vida

Lá no calvário por te amar
Uma grande dor ali senti
Clamei: Eloí, Eloí lama sabactani ?
Inundou meu ser tamanha agonia
Ao tomar os pecados naquele dia.

Com sede água pedi
A esponja com vinagre bebi
Rendi-me: Pai está consumado!
Vestiu-se de luto a natureza
As pedras se fenderam
Luz o sol recusou-se a dar
Houve trevas sobre a terra
O meu Puro Amor pude demonstrar.

Põe teus olhos neste quadro
Instrui bem teu coração
Não retires a tua mão
Toma firme o arado
O teu trabalho não é em vão!

SEDNAN MOURA