Efuturo: Desabafo

Desabafo

Olá D... tudo bem contigo,

Eu não sei bem como voltar a conversar com você, sinto que te deixei desconfortável na ultima vez que conversamos, e não consegui ter a coragem de falar novamente com você, por um lado eu até gostaria de voltar a conversar, mas parece que você criou uma barreira invisível que não me permite ultrapassar, imaturo fiz o mesmo e me afastei.

Quando eu disse na ultima vez que gostava de ti, tentei ser sincero. Creio que possa parecer meio bobo de minha parte, mas gostar de alguém é algo que considero normal, acredito que não se escolhe quem se ama, apenas acontece.

Novamente me desculpe se tu não gostou de minha confissão, mas eu tive que dizer, eu jurei a mim mesmo no passado que não deixaria as oportunidades passarem, e por isso o fiz, sei que ano que vem você virá para a capital estudar, e respeito você por isso, mas eu tinha que dizer algo, pois não sei se estarei em Goiânia ou mesmo no Brasil no próximo ano.

Eu tenho alguns sonhos e ambições, e para conquista-las terei que sair de casa, ir a outros estados e países. Quando se quer algo, acredito que se deva lutar por isso, e por essa razão eu o farei.

Hoje eu agradeço humildemente por você ter dito não naquele dia, 44 dias atrás para ser mais preciso. Quando você me disse que eu não te amava, isso me chocou, mas me fez pensar. Percebi que amor não é algo que se possa mensurar em palavras, mas algo que se demonstra com atitudes.

Naquele dia e durante quase uma semana eu meio que fiquei abatido, mas depois de algum tempo usei o sentimento para começar a agir, o que deu corda novamente em meu relógio que estava a tempos desligado.

Sei que é difícil essa situação tanto para ti quanto para mim, e se brincar mais para ti, pode não parecer, mas eu meio que te entendo, eu sou muito perceptível a ver as entrelinhas, embora haja como um idiota algumas vezes.

Por um lado, eu me sinto impotente de não ter o poder para te ajudar, o que me deixa muito depressivo, mas isso me move a agir, a apressar o meu tempo para tentar te ajudar no que posso.

Sei que nossas famílias vivem se encontrando e que ainda voltaremos a nos ver nos próximos dias, meses e talvez até o final do ano, mas não quero que esse ano termine assim, com você entretida no celular me evitando, e o mesmo acontecendo comigo, fingindo que você não existe.
Isso é cruel, tanto de mim, quanto de você. Saiba que ainda a tenho com grande carinho, embora a vergonha de falar diretamente contigo, me impeça de conversar.

Não sei se é uma irresponsabilidade eu dizer isso, mas saiba que eu te amo, e mesmo que não seja reciproco, eu não deixarei de amá-la.