V O C Ê !...
Quando do nosso conhecimento
Achei-a formosa e atraente, linda e elegante,
Sempre bem vestida, maquiada e sorridente.
Sua voz harmoniosa, seu corpo moreno e esbelto,
Invadiram meu olhar com o brilho da sedução.
Mas como éramos desiguais em mentalidades!
Mesmo assim prosseguimos ardorosamente
Sobre os choques dominantes da emoção-paixão
Incrivelmente fomo-nos afinando em magnetismo
Atrações subalternas que só nos levaram ao vício,
Eu lhe permitia atenção progressista me fazendo sedutor
Dizia-me apaixonado rendido a seus encantos pessoais.
VoCê sentindo-se o objeto de minhas maliciosas investidas
Sentou-se a sombra da afeição, mas esqueceu princípios
Infringindo as leis que regem o caráter feminino
Independente de potencialidade ou posição social.
Foste aos poucos perdendo
Os ornamentos indispensáveis,
Necessários a dignidade da mulher
Surpreendendo-me desagradavelmente
Ao mostrar-me o lado inverso daquele por mim esperado.
Fui me decepcionando a medita em que constatava
Que voCê a cada dia que passava, mais leviana se tornava,
Até o dia em que realmente comprovei que não passavas
De um rostinho bonito e de um talhe elegante!
Elio Moreira - Torres – RS OPB - Brasil