Rio, 17/10/98.

Recua no tempo e vê a felicidade,
Amigo eu sou em verdade,
Fiz tudo o que mandou o Pai.
A vida no madeiro derramei
E bom preço por ti paguei...
Lá, como um cordeiro, não disse um ai!
Acorda, e dessa indolência sai!

Para a vida Eu te fiz,
Impossível sem Mim ser feliz,
Nota como tudo rege Minha Mão,
Tenho todo o ser sob meu querer,
Os teus olhos abre para ver.

Vertem sinfonia as águas da cachoeira,
Inspira ao pássaro que no galho canta,
Curva-se ao vento a majestosa palmeira,
Tombando de um lado para o outro se levanta.
O bambuzal gemendo se encurva,
Reverência ensina o espesso matagal,
Instrui teus olhos e os joelhos curva.
Não foi Minha Mão que te fez?
O teu coração dá-me outra vez!

SEDNAN MOURA