Efuturo: Viagem, vida, viagem da vida

Viagem, vida, viagem da vida

Viagem solitária na qual somos unidade isolada desde o nascimento
Ser independente que almeja viver a viagem que nada mais é que a vida
Seguir sozinho ou acompanhado, em laço chamado amor, doce envolvimento
Que o arrasta por toda a viagem, seja de pé ou deitado, será viagem perdida?

Tantos movimentos e sofrimentos, acordes do coração a reverberar por toda alma
A máquina fumegante dentro do peito parou, a viagem acabou, e ele pereceu
Chegou ao fim da estrada, é preciso descer, faz-se necessário, tenha muita calma
Não vais a outro destino, a vida se foi lentamente e a morte veio, enfim apareceu

Descer, olhar em volta e se adaptar no novo mundo ou submundo, céu ou inferno?
A essência agora imaterial, é temor e insegurança, só lhe restam emoções e sentimentos
Há risos e prantos como no teatro da vida, novidades frias como a neve do inverno
E ele não sorri e nem chora tal a sua estupefação ante os ônus e emolumentos

Sua essência deve se encaixar nesse mundo de fantasia ou realidade?
A mão fria e branca, leprosa ou enluvada, toca a própria essência
Existe ou não existe vida, a morte lhe aterrou com destra crueldade
A friagem se torna fugaz, e em alarido é proferida a sentença e penitência

Mas quando vivo arrependeu-se das ofensas e entregou-se à Palavra do Senhor
Mudou sua própria história, criou novas páginas, marcadas pela retidão
E pelo amor ao próximo, perseverando contra todo mal e toda dor
Diante dos pés do Altíssimo que tudo acontece, e lá teve seu perdão

Robert Thomaz