FÚRIA
Outra noite espargia os pensamentos
em papéis devolutos e sóis cegos
- Vivi tanta amargura e combati
tanta sombra que até meu Sim negou-se.
Outra velha ilusão cantava frases
no inconsciente nauseante do meu poema
- Perdi tanto da infância nesses passos,
tanta idéia na luta pela vida
que hoje escrevo rabiscos ideológicos
e desenterro carnes putrefeitas
e me estilhaço em público, sem medo,
e me suporto apenas porque existo
e consumo este mundo em desvario
e me destruo - porque meu nome é Fúria!
(Parte do livro "Alguns sonetos que fiz por aí ...", de William Mendonça, disponível para download gratuito em www.williammendonca.com. Direitos reservados.)
Visite www.williammendonca.com