Efuturo: Arremate

Arremate

Enrosco-me nestes versos
que não se desatam
deste pensar funesto.
Agride-me esta sombra do medo
a mostrar da alma o extravio
dos meus segredos.
Não mais os tenho!
Voaram como moscas
pelo vão da janela
e nunca mais vadiaram
ou se multiplicaram
na minha cabeça.
Agora uma linha fina
arremata meus dias
e a poesia já não rompe,
só lateja.

Suzette Rizzo_7 de fevereiro de 2008