Efuturo: JOGO DO VIVER

JOGO DO VIVER

Minhas palavras são tecidas na eloquência: mulheres alegres, bem resolvidas e amadas, cantam, dançam, fazem e acontecem ao mandar recados ao mundo: somos tomadas pelo sentimento forte de felicidade, porque os homens estão nos escutando e, assim, nos valemos sem máscaras.
Abrimos o jogo do viver em parceria com os homens; confiamos neles no partilhar as responsabilidades do cotidiano; consideramo-nos aliados. É mais fácil superar as dificuldades ao vivermos juntos, sem arcarmos com o peso de sermos sempre as “superpoderosas”.
Serge Hefez relata, “as conquistas das mulheres geraram uma crise masculina e estão forçando uma mudança”. Isto é, atualmente os homens estão dispostos a assumirem tarefas tidas como femininas. Vejo-os participando do nosso cotidiano e da vida dos filhos. De modo geral, os conceitos mudaram e eles estão se reinventando na relação ao adotarem atitudes que estabelecem maior conexão no jogo do viver.
Assim, sentimo-nos livres para sermos nós mesmas, o que implica, necessariamente, estarmos envolvidas na eloquência das vozes diversas: voz da flor, do tempo, da razão, da emoção, da prosa e da poesia.
Ao se envolverem, conseguem nos escutar, que nossas vidas se sustentam no exercício dos mesmos papéis, sem precisar questionar a confiança e a identificação.
No jogo do viver, no tempo nas transformações, eles se revelam amorosos e atenciosos em relação à família; deixam claro que as mudanças acontecem por livre e espontânea vontade; opção para conquistar suas novas posições, como parceiros.
Bom sinal, estamos em processo de mudanças; quanto mais dispostos assumirmos estas constatações, mais valorizamos, admiramos e gostamos do novo cenário, para estabelecermos conexões a partir das necessidades comuns; percebermos o poder em nossas mãos com a finalidade de enriquecer nossas vidas. É através das palavras e gestos que nos envolvemos no jogo do viver, em que Webston Moura retrata, “assim é a vida – O que existe é uma conversa e, nela, nos entendemos, brigamos, rimos, temos graça e o absurdo são vozes que se cruzam”.